segunda-feira, 4 de março de 2019

Quimbanda audiobook parte 13











Exu no Plano Astral

Os Exus e Pombagiras são energias conscientes que residem no plano “Astral”. Esse plano habitado por espíritos é livre dos conceitos de Tempo/Espaço. É um plano denso, pois os espíritos também necessitam de um “corpo” muito similar ao invólucro material. Uma das grandes diferenças entre o plano físico e o astral é a densidade da vibração, ou seja, no plano físico temos espaços definidos (metros, quilômetros), assim como o tempo é medido em minutos, horas, dias e anos. No Plano Astral as distâncias são cortadas apenas com a densidade que o corpo astral projeta através do pensamento e o tempo possui inúmeras entradas lineares, ou seja, o espírito pode viajar pelo passado, presente e futuro na velocidade de sua vibração. Segundo a “Teosofia”, o plano astral reflete-se como um plano de desejos e as atividades motivadas pela vibração advinda dos pensamentos são muito intensas.
Como existe uma grande liberdade de formas no plano astral, seres com controle do fluxo energético consegue plasmar formas variadas. Grandes armadilhas podem ocorrer aos espíritos que não souberem reconhecer a ilusão advinda de tais formas. Por conseguinte, os espíritos que tiverem seus “mentais” libertos são forças extremamente perigosas.
O mundo astral é repleto de planos e subplanos. Não existe um número que possa traduzir o tamanho desse "Oceano", porém, algumas correntes alegam que, apesar de não ser possível medir a extensão, podemos subdividir o astral em sete planos numa escala de materialidade.
0 1°, 2° e 3° plano astral são os mais afastados da Terra física (material). Esses são parte do plano de controle do Falso Deus e, de forma ilusória, representam os estágios supostos “Céus”, “Paraísos" ou ainda a “Terra do Sol”. Os estudiosos alegam que são em tais estágios que os espíritos gozam de boa aventurança. Pelas correntes espiritualistas esses três planos são chamados “la classe”. O 4o e 5o plano já não são tão empíricos, pois são planos onde as consciências ainda se relacionam com poucos aspectos materiais. O 6° plano é o físico e material e o 7° é chamado de "inframundo” ou ainda “Plano Infernal”.
Plano Infernal
Segundo tais linhas de raciocínio, quanto mais próximos ao plano material, mais densa (e menos “divina") se torna a energia. Dito é ainda que o 7° plano é desprovido de luz solar, portanto, é um plano escuro ou “Reino da Noite”, chamado por alguns de “Umbral”, “Sheol” (hebreus) ou “Kamaloka” (hindus). Os seguidores dessas correntes espiritualistas alegam que os espíritos que residem nos planos mais densos são ignorantes e suas consciências estão presas à matéria, ou seja, não se desligaram completamente de suas vidas na Terra. É o lar de suicidas, cadáveres astrais, criaturas monstruosas e zoomórficas, mortos vulgares, sombras obscuras e os feiticeiros (as), magos negros e seus discípulos.
A Quimbanda Brasileira também enxerga em partes essa divisão, todavia, entendemos que o sétimo plano é o local onde se concentrou o 'veneno da Grande Serpente descrito na Gênese da Quimbanda. Esse local foi feito para abrigar as "fagulhas ígneas" e edificar o império dos escolhidos. Dentro desse plano realmente existem as criaturas descritas e repudiadas por outros segmentos religiosos, pois a manutenção de um império necessita de trabalhadores cegos e facilmente manipuláveis que serão usados até o momento em que não servirem mais propósitos de Vossa Majestade. Quando ocorre isso, tais almas são conduzidas através dos portais e resgatadas pelos 'socorristas' astrais vinculados ao siste escravocrata do falso deus. O foco de toda nossa crença reside nos campos energéticos formados pelos feiticeiros (as), magos negros e seus discípulos, chamado por nós de Exus e Pombagiras. Seres de inteligência elevadíssima; alimentados por forças que residem dentro e fora dos planos cósmicos são Reis e Rainhas que construíram impérios conectados e ao mesmo tempo autônomos. Esses impérios recebem o nome de "Os Sete Reinos da Quimbanda”.
É importante salientarmos que o Reino Obscuro não escraviza nenhuma alma. Todas as almas sugadas para esse plano já vivem em estados mentais de completa escravidão. Entretanto, o Reino de Maioral não se destina às pessoas estagnadas, feitas para serem contínuos emissores energéticos e cuja inércia mental o impossibilita de evoluir. O Reino é para os escolhidos e para aqueles que escolhem a libertação através da força de Maioral e de seus guerreiros Exus.
A ilustração demonstra claramente que os sete Reinos Negros astrais possuem entradas nos Reinos do plano físico. Através dessas entradas ocorrem as manifestações do Povo de Exu na vida dos seres humanos. Cada ser humano vibra em uma intensidade que atrai (tanto conscientes quanto inconscientes) a realidade à suas vidas e os espíritos afins. O grau de conexão vibratória entre os adeptos e os Reinos é o que determina a presença e força de ação dos mesmos, ou seja, ao se captar a energia de um Exu, independente de qual “Povo” o mesmo pertencer, sua ação dependerá muito da descarga energética e da reconstrução física (assentamento/ ponto de força) proporcionada pelo adepto iniciado.
Os Reinos ao se manifestarem no plano físico são energizados pelas correntes produzidas em escala superior, ou seja, a força da natureza e de todas as pessoas, conscientes ou não, alimentam tais portais. Dessa forma, a aplicabilidade de ações construtivas, corretivas ou destrutivas e a recondução dos espíritos aos, direito fundamentalmente carecem de um Exu. Para ter acesso a qualquer astral, todas as almas devem passar pelos portais de um dos Reinos de Exu, onda avaliados, julgados e direcionados conforme a densidade energética e a obscuridade mental. Desse procedimento, existem cinco vias que os espíritos podem ser locados:
- Ser conduzido para o plano astral mais sutil com fins de reencarnação posterior;
Espíritos que carregam energias derivadas de formações religiosas sólidas (em correntes da 'Falsa Luz') e que não possuem grandes pendências psicológicas. Esses espíritos emanam energias pacíficas, libertam-se dos enlaces materiais com facilidade e são conduzidos 'como cordeiros domesticados' aos planos astrais mais sutis para comporem novas correntes. São espíritos cegos, cuja essência exemplifica os ‘homens de barro'.
-Ser arrebanhado por “socorristas astrais”;
Ocorre para os espíritos que estão acorrentados aos seus dogmas e conceitos éticos/ morais internos de forma reversível e gradativa. Segundo a doutrina espírita, tais seres serão conduzidos às “Colônias” (cidadelas astrais) de regeneração e recuperação. Os espíritos mais "evoluídos” que atuam em tais espaços astrais são denominados "socorristas” e reequilibram os espíritos preparando-os para uma nova jornada de reencarnação. Quando aptos ao reencarne, são conduzidos à planos mais sutis, tem sua memória ancestral “aprisionada” e recebem sua nova jornada escrava no plano terrestre.
-Ser condenado a vagar entre os mundos em busca de luz e evolução com sua memória material esgotada;
Espíritos repletos de frustrações, traumas e decepções tão agudas que os aprisionam em labirintos psíquicos fortíssimos. Vagam entre os mundos em busca de luz e por vezes não entendem que não estão mais entre os vivos (material). Constantemente em estados apáticos, letárgicos (cadáveres astrais) e submissos, não são objeto de desejo das correntes espirituais mais densas, porém, são usados para determinados fins. Muitas vezes levam anos neste estágio até encontrarem a força interior que os desperte ou sejam conduzidos a um portal para buscarem apoio dos espíritos encaminhadores (socorristas).
-Ser escravizado como medida punitiva;
Espíritos repletos de falhas graves, que ao longo da vida material jamais buscaram respostas para o autoconhecimento e nunca observaram o lado espiritual apenas deleitaram-se com vícios mundanos e sentimentos apaixonados. Tais espíritos cegos, conscientes ou não, tonaram-se um estorvo para a evolução dos que cercavam através de suas atitudes obsessivas, ações violentas e insanas motivadas exclusivamente pelas “paixões". Quando desencarna é capturado e passa ser escravo algum Ser desagregador. Esse espírito pode, depois de muito sofrer e aprender, encaminhado para uma legião de Exu ou ser encaminhado para um plano socorrista” (quando não serve para as colunas do “Povo da Noite”), todavia, tais seres costumam permanecer no estado de escravo por muitos anos.
Ser arrebanhado pelas sendas de Exu, aprender manipular as forças do plano astral (através de magia e feitiçaria) e burlar a Lei de Reencarnação, tida como um das Leis Naturais de Evolução.
Como dito em outros textos, “Exu” (“catiço") é um título, uma honraria recebida por alguns espíritos. A senda de um Exu não é fácil, afinal, para fazer parte de uma Legião, o espírito deve superar alguns aspectos pessoais, absorver o conceito “Povo", deixar de lado certos traços humanizados e ser um agente de grandes mudanças. Esse título não tem nenhuma relação com a opção religiosa que a alma tinha antes de padecer na matéria, afinal, não existe “Exu Pagão e Exu Cristão”. Todos os seres um dia fizeram parte de religiões antigas ao longo do ciclo reencarnatório, portanto, foram pagãos e alguns, arrebanhados há menos tempo, compunham os bancos de Igrejas Católicas, Protestantes e Mesquitas. A chama que o espírito carrega não é medida pela religiosidade na última encarnação e sim pelos impulsos emitidos ao longo e pós a vida na matéria.
Esses impulsos é que diferenciam a densidade dos seres e a senda espiritual ao qual deve fazer parte. Portanto, o Exu que se manifesta na Quimbanda diferencia-se dos espíritos que vem na Umbanda pela densidade que emite, pela forma com que aplica suas cargas, pelo grau magístico que ostenta, pela pluralidade de fontes energéticas, pelo posicionamento diante Leis e condutas e principalmente a ação dentro dos embates de polaridade. Apesar de ostentarem o mesmo título “Exu” não significa que sejam iguais ou sequer parecidos. Exu é apenas um nome, uma forma de reconhecimento, usada tanto por um lado quanto pelo outro.
Exus mais densos costumam ser qualificados como espíritos atrasados, por vezes até de “Kiumbas” (termo erradíssimo), porém, só qualifica dessa forma pessoas que desconhecem que o título de “Exu” não é dado para seres despreparados. Apesar do arquétipo ser mais agressivo, espíritos densos são poderosos mestres e acaçapam sua Sabedoria para que não sejam distorcidas pelos semelhantes. Os seres humanos não são iguais energeticamente, portanto, os mentores espirituais também não o são. Evoluir não significa abandonar os planos escuros e densos, afinal, a luz desperta individualmente e internamente. Existem Exus que são mensageiros e outros a própria mensagem...
Os seres obscuros vivem a plenitude de suas existências dentro de seus próprios abismos e são profundos conhecedores do astral. Plasmam-se da maneira que desejarem e atuam em conformidade com sua carga energética. Esotericamente, entendemos que tais seres alcançaram o topo de suas “alquimias negras”, ou seja, obscureceram suas jornadas e romperam seus dogmas de tal forma que se encontram libertos de todos os vícios mundanos.
A “Alquimia Negra” é o processo de obscurecimento da alma para a ressurreição da luz verdadeira que se encontra encarcerada nos abismos internos. Os Exus, através da compreensão plena, escurecem seus Egos, despertam internamente, aniquilam os efeitos das emoções, elevam-se intelectualmente, aprendem dominar-se mentalmente e são elevados através da realização divina em despertar o fogo interno outrora aprisionado. Com essas faculdades despertas, trabalham e guerreiam para que os homens tenham um desenvolvimento pessoal amplo e possam “rasgar à venda” que os impede de enxergar a verdade e evoluir espiritualmente.
O Exus também são responsáveis em manter abertas as passagens entre o mundo material e o mundo astral, portanto, além de exercerem a guarda dessas "entradas e saídas”, são mensageiros do conhecimento oculto (gnose) que receberam e recebem continuamente. Esse aprendizado evolutivo contínuo que transforma um espírito cerceado em um glorioso “Arauto da Escuridão Viva”.




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Alfavaca

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