sexta-feira, 1 de março de 2019

Quimbanda audiobook parte 07










Orísá Èsú (breve relato)

Dentro dos cultos religiosos Nagô, que envolvem os ebora, os orixás e todos os Irúmmmale, Èsú é a força motriz geradora, construtiva, dinâmica de todos os seres que existem. Forçosamente, Èsú participa de tudo, pois sem seu 'asé, não haveria expansão, tampouco, vida individualizada. Desse modo, Esú é o próprio desenvolvimento, crescimento, transmutação e comunicação dos seres.
Segundo a corrente africana, todos os seres (incluindo os próprios orixás) possuem seu Esú (Bara) como uma espécie de tratamento (medicamento) para ser usado conforme as necessidades. Os Nagôs alegam a existência de centenas de Esús espalhados com competências diversas, inclusive as de regulamentar os animais e vegetais. Esse Ser é o direcionador da evolução, "abrindo e fechando” os caminhos necessários e causando as revoluções necessárias para a evolução individual. Dentro de suas atribuições, existe o fator de procriação e o povoamento.
A simbologia de Esú é enorme, assim como suas lendas e mitos. Podemos dizer que Esú é resultado da fusão de água e terra, do poder dinâmico (+) e receptivo (-) masculino e feminino do sangue branco e do sangue vermelho.
Esú pode ser traduzido como esfera, movimento e continuidade. As lendas africanas retratam-no como um Deus irreverente, sensual, brincalhão e por vezes até agressivo, pois pode causar disputas e desgraças às pessoas que devem algo. Ele, esse Deus possui grande sabedoria, conhece como ninguém a psique humana e suas ações podem alavancar a vida dos seus seguidores. O tempo tratou de consagrá-lo como guardião dos templos, das ruas, estradas e encruzilhadas. Mas sob os padrões morais cristãos é a expressão do mal.

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Alfavaca

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