sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Cambinda de Guiné


Arte criada com referência no ponto riscado (pemba) de Cambinda de Guiné

O design é composto por guia (fio de contas) escrevendo Cambinda de Guiné na bandeira nas cores e elementos que identificam a entidade.
Faz parte da coleção entidades e guias espirituais 2019.









A Linha Africana na Umbanda é dividida nas falanges do Povo da Costa, Pai Francisco, Povo do Congo, Povo de Angola, Povo de Luanda, Povo de Cambinda e Povo de Guiné. Todos eles prestam caridade, transmite muita paz, serenidade e amor aos seus filhos e orientam os fiéis para a prática do bem.
O Povo de Cambinda é um povo irmão do Congo, pois seus falangeiros também trabalham na linha das águas com Iemanjá. Mas trabalham também sob a influência de Ogum. São entidades amorosas, mas quando preciso são enérgicos, sempre falando para bem do filho, que nem sempre entende ou não quer ouvir a verdade.
Para entendermos estas designações, tivemos de buscar na história a sua origem. A maioria dos africanos que aqui chegou, na condição de escravos, saiu da África, numa latitude ao sul do Equador, a partir dos portos de Benguela, Luanda e Cabinda. Outra parte saiu da costa da Mina, pelos portos de Lagos, Ajudá e São Jorge da Mina. Em número menos alguns chegaram através do porto de Moçambique.
Ao chegar no Brasil, eles não eram chamados de acordo com sua etnia e sim a partir do porto de onde haviam sido embarcados. Por exemplo, um escravo de etnia Congo, era chamado cambinda por causa do porto de onde foi embarcado.
Em uma das variadas classificações da Umbanda, a sétima linha chamada Linha das Almas, é dirigida pelo Arcanjo São Miguel e integrada por Omulu. Nela, consta a legião de Pai Cambinda, integrada pelas falanges do Povo da Costa. O povo da Costa é a legião de espíritos dos negros africanos escravizados que trabalham com a renovação de forças. Eles trabalham confortando seus filhos e os ajudando a caminhar pelo caminho da provação. A transformação se dá na resignação e na coragem para enfrentar a dor e o sofrimento originários de dívidas passadas. Eles cruzam com a vibração de Yemanjá e aceitam em suas obrigações velas roxas, café, rosários feito com contas de lágrimas de Nossa Senhora, pano azul, cigarros de palha, flores em geral, sendo tudo entregue na praia. Sua cor vibratória é o roxo com azul claro.


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