Arte criada com referência no ponto riscado (pemba) do Cabloco
Vira Mundo
O design é composto por guia (fio de contas) escrevendo Cabloco
Vira Mundo na bandeira nas cores e elementos que identificam a entidade.
Faz parte da coleção entidades e guias espirituais 2019.
Os pajés são os únicos que têm capacidade de transitar por
entre mundos, assim como de evocar e controlar seres em nosso mundo.
Paralelamente à realidade em que vivemos, ao “nosso mundo”,
ou a “este tempo”, existem outros mundos que definem abreviadamente como
“Fundo”, ou de maneira mais específica como “fundo das águas”, ou “fundo do
mato” ou ainda “embaixo do Sol”. Trata-se de um tempo presente paralelo ao
nosso, mas que ocorre em outro registro.
Caboclo vira mundo é aquele que faz a jornada do leste ao
oeste do sul ao norte e caminha interligando o mundo.
Caboclo vira mundo vem da falange de batalhas sobre o caminho de estrada e curso de morada.
Atencioso e respeitoso com as pessoas sobre assuntos familiares.
A palavra caboclo vem do tupi kariuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. A partir daí vem a relação com os índios brasileiros, de tez avermelhada. Assim, a palavra caboclo passou a designar aquilo que é próprio de bugre, do indígena brasileiro de cor acobreada. Posteriormente surgiu a noção de caboclo como mestiço de branco com índio, o sertanejo. Dada essa relação dos caboclos com os indígenas – nos terreiros de Umbanda é dessa forma que se manifestam -, e aproximando esse fato ao Orixá Oxossi, que em África é cultuado como Odé, o caçador, o Senhor das Florestas, conhecedor dos segredos das matas e dos animais que lá vivem, diz-se que os Caboclos que baixam na Umbanda são espíritos ligados a Oxossi. Muitos entendem que somente esses são caboclos e que as entidades da vibração de Ogum, Xangô, Yemanjá e Oxalá não seriam, propriamente, caboclos.
Caboclo vira mundo vem da falange de batalhas sobre o caminho de estrada e curso de morada.
Atencioso e respeitoso com as pessoas sobre assuntos familiares.
A palavra caboclo vem do tupi kariuóka, que significa da cor de cobre; acobreado. A partir daí vem a relação com os índios brasileiros, de tez avermelhada. Assim, a palavra caboclo passou a designar aquilo que é próprio de bugre, do indígena brasileiro de cor acobreada. Posteriormente surgiu a noção de caboclo como mestiço de branco com índio, o sertanejo. Dada essa relação dos caboclos com os indígenas – nos terreiros de Umbanda é dessa forma que se manifestam -, e aproximando esse fato ao Orixá Oxossi, que em África é cultuado como Odé, o caçador, o Senhor das Florestas, conhecedor dos segredos das matas e dos animais que lá vivem, diz-se que os Caboclos que baixam na Umbanda são espíritos ligados a Oxossi. Muitos entendem que somente esses são caboclos e que as entidades da vibração de Ogum, Xangô, Yemanjá e Oxalá não seriam, propriamente, caboclos.
Outra maneira de se interpretar as entidades de Caboclo, é
como espíritos que se apresentam na forma de adultos, com uma postura forte, de
voz vibrante, que trazem as forças da natureza, manipulando essas energias para
trabalhar nas questões de saúde, vitalidade e no corte de correntes espirituais
negativas. Seu linguajar pode se assemelhar ao dos indígenas, paramentados ou
não com cocares, arcos e flechas, machadinha e espadas. Aqui estamos entendendo
os Caboclos de maneira mais ampla, como símbolo de fortaleza, do vigor da fase
adulta, existindo caboclos de Oxossi, Xangô, Ogum e mesmo aquelas entidades
ligadas aos orixás femininos, como Yemanjá, Oxum, Yansã
Chamam “bichos” os seres que povoam os mundos do “fundo das
águas e do mato” e que são caracterizados por nomes de animais diversos, sendo
os mais comuns: cobras-grandes, jacarés, macacos, espadartes, colhereiros,
galegas. Afirmam que estes seres “são gente como nós no mundo deles”, onde
fazem suas festas e bebem caxiri, e que “vestem sua capa de bichos quando vêm
passear no nosso mundo”, ou seja, a cobra veste sua pele de cobra, as aves
vestem suas penas e os animais vestem suas capas de pêlos.
Estes seres também podem ser chamados nam (une âme, “alma”),
categoria que inclui “tudo o que tem espírito”, como certas árvores usadas para
fins curativos para a própria iniciação xamânica (denominadas arari, apucuriuá,
tauén e também o tauari). Nesses casos, o termo não se refere às almas de
pessoas mortas. A respeito do destino dos mortos, os Karipuna consideram que
suas almas “ficam por aí” e podem causar doenças nos vivos, ou ainda acelerar a
morte de pessoas enfermas. Dizem que os brancos não percebem, mas os índios
escutam quando há almas perto, pois elas fazem um assobio fino, que também é
produzido no mato pelas árvores que têm nam.
Chamam “mestres” os seres que, entre as categorias
mencionadas, auxiliam os pajés em seu aprendizado e em suas práticas, e nesse sentido
confundem-se com os Karuãna dos pajés. A palavra “mestre” é igualmente usada em
relação aos seres que habitam ou cuidam de determinados lugares: “mestre do
igarapé”, “mestre da gruta”, para quem usam também os termos “mãe”, “dono”,
ghãpapa (avô). Neste caso, ouvi menções a cobras, macacos, “bichos” em geral, e
também aos hohôs, definidos como seres pequenos, com cabelos longos e
emaranhados, que habitam áreas de pedras, grutas e igarapés, e andam sempre em
par – “são dois irmãozinhos” – que podem engravidar as mulheres fazendo-as
conceber filhos gêmeos.
Os Karipuna consideram que os “mestres” cuidam dos lugares
onde habitam deixando-os sempre limpos, e podem causar doenças naqueles que os
poluem, mediante o cheiro forte de peixe (pitiú) e de sangue menstrual. No
entanto, dizem também que esses seres são atraídos por este sangue, por meio do
qual penetram no corpo das mulheres e fazem que concebam “filhos de bichos”
quando tiverem relações sexuais.
Por fim, a designação karuãna refere-se a todos os seres que
têm relação com determinado pajé. Um karuãna, por estar sempre ligado a algum
pajé, também pode ser chamado por ele de “amigo” (zami) ou “camarada”
(kamahad), sendo sempre considerado como uma individualidade, tendo inclusive
uma história e personalidade próprias.
Os karuãna de um pajé englobam “bichos”, como cobras,
jacarés, macacos e pássaros, “almas” como “arari”, “tauarí”, mas também
categorias diferentes de seres, habitantes de mundos diversos, como os
“curupiras” (djab dan bua), “diabos” (djab), banahes, entre outros. A todas
essas categorias de seres são atribuídas capacidades próprias, às vezes línguas
específicas, e também podem ser chamados pelo termo mais genérico de “bichos do
pajé”. Todo pajé tem entre seus karuãna algum que chama laposinie. Este é
considerado o “mestre maior”, aquele que ensina ao pajé as capacidades e
técnicas curativas, e sem o qual um pajé é apenas capaz de fazer feitiços.
Dizem que esses seres vivem na “terra embaixo do Sol” ou no “mundo de onde o
Sol nasce”, e são descritos como “pessoas brancas e finas”, também chamados
“bons doutores”. A palavra laposinie (do francês la poussinière) refere-se
também à constelação das plêiades, sete-estrelo. A seu respeito, os Karipuna
contam que todo ano passam um mês em outro mundo para trocar de pele, e levam
junto peixes e pássaros, que passam a ser difíceis de encontrar.
“lá no Fundo, quando a lua está descendo pra lá,
boniiiiiita, então os bichos estão dançando lá no Fundo. (…) É lá que nós
vamos. (…) Aí nós vamos cantar, aí nós vamos beber, nós vamos dançar com nossos
bichos. (depoimento da pajé Elza, aldeia Manga, 1992).
Os Turés são considerados pelas famílias do Curipi como
ocasiões de dançar, beber e cantar junto com os seres sobrenaturais chamados de
karuãna, e de oferecer-lhes caxiri, como retribuição às curas de doenças que
propiciaram por intermédio dos pajés. Os participantes de um Turé correspondem
à clientela de um pajé, àquele grupo de famílias que a ele recorre em casos de
enfermidade. Assim, os Turés reúnem famílias geralmente aparentadas, que têm em
comum a confiança em determinado pajé, e o reconhecimento do conjunto de seres
sobrenaturais que são considerados zami (amigos), kamahad (camaradas) ou
karuãna deste pajé.
Centrado na figura dos pajés, cada Turé abrange as
particularidades de seu próprio universo de karuãna. Acredita-se que os xamãs
mais “fortes” conseguem agrupar um maior número de karuãna, os quais lhes
ensinam muitas músicas de Turé, e por isso são capazes de cantar várias noites
sem repetir nenhuma canção. A força advinda dos karuãna também permite que
façam o diagnóstico adequado das doenças e consigam curá-las com êxito, de
forma que há muita gente para preparar caxiri (os parentes dos doentes
retribuem a cura aos karuãna do pajé oferecendo-lhes caxiri) no Turé de um pajé
“forte”, e a dança dura muitas noites.
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